domingo, 9 de outubro de 2011

Campeonato brasileiro 2011 - vencendo o pessimismo apesar de Caio Jr.

Absurdo erro de planejamento no início do Campeonato Brasileiro (e do ano), começando com um elenco fraco e cheio de garotos, além de jogadores retornando de graves lesões (Fábio Ferreira e Maicosuel). Jefferson, Lucas (Cidinho), Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Lucas Zen; Arévalo, Marcelo Mattos (Alex), Thiago Galhardo (Bruno Tiago), Maicosuel e Cortês; Caio. Este o time da estreia, derrotado pelo Palmeiras. Até entrosar com os reforços, pontos preciosos se foram.

- Ausência de substitutos à altura para Jefferson e Loco Abreu. Era sabido que os dois perderiam muitos jogos por causa da Seleção Brasileira e da uruguaia. E a reposição não foi no mesmo nível. Renan comete erros em diversos jogos (Ceará, Atlético-GO, São Paulo, Bahia) e falta um substituto para Loco Abreu (sem contar que Caio Junior, muitas vezes, não pôs o reserva natural, Alex).

- Falta de opções no elenco. Alessandro (mesmo criticado), Gustavo, Lucas Zen, Everton, Caio e Alex. Com quem mais dá para contar? Talvez, Bruno Tiago, se repetir o futebol do início do ano, com pegada na marcação e velocidade. De resto, Renan, Marcio Azevedo, Somália, Araruama, Léo, Felipe Menezes, Alexandre Oliveira e Thiago Galhardo não aproveitaram suas oportunidades. Este último ainda é jovem e pode evoluir, como Cidinho e Willian.

- Caio Junior implantou um estilo de jogo bonito e eficiente. Soube ter estratégia para poupar jogadores e evitar lesões. Mérito. Mas peca muito nas substituições. Falta saber mudar (positivamente) a cara do jogo. E sua estratégia falha fora de casa: com os meias muito abertos, os volantes ficam sobrecarregados na marcação e não podem "organizar" o time, como fazem em casa. Os laterais ficam sem saber a quem marcar. Sobra muito espaço para o adversário dominar a bola e o jogo. Um erro tático. O outro, talvez mais importante, é comportamental, aceitar passivamente o ritmo do rival.

- Jogo aéreo falho. Ter apenas Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Marcelo Mattos e Cortês (?!) para brigar no alto (como contra São Paulo e Bahia) é um convite a levar gols. E, na frente, dificilmente vai sair algo.
- Falta de poder nos bastidores. O clube é incapaz de adiar partidas ou ter formas de suprir a ausência de seus principais jogadores, convocados, ou até mesmo de seu estádio. Jogos no Chiqueirão (derrota para o Corinthians e empate com o Bahia) e no Engenhão sem sua capacidade máxima (empate com o São Paulo) custaram sete pontos.
Estes, alguns dos erros do Botafogo no Campeonato Brasileiro. Quem ler esse texto, pode achar que lutamos contra o rebaixamento. Não, somos o quarto colocado, a 4 pontos do líder, com um jogo a menos. Ainda que tenha havido falhas, os acertos superaram. E é por isso que nós continuamos acreditando! Se não for sofrido, não é Botafogo.
O torcedor botafoguense sabe que seu clube é capaz de bobear de forma incrível em jogos fáceis e se superar em "pedreiras". Logo, uma vitória sobre o Corinthians não seria surpresa. Esquecendo essa partida, sobram dez jogos. Veja se não é possível acreditar, com esta tabela: Atlético-PR (C), Santos (F), Avaí (F), Cruzeiro (C), Figueirense (C), Vasco (C), América-MG (F), Internacional (C), Atlético-MG (F) e Fluminense (C). São 30 pontos em disputa, muitos contra time que devem não ter mais aspirações!

Na discussão unicamente de futebol (não vamos entrar no mérito da administração do clube, boa, ou do apoio da torcida, que deveria ser maior), não é apenas a tabela que nos dá esperança. Nos orgulhamos de ter o melhor goleiro do Brasil, titular da Seleção Brasileira (Jefferson), uma boa dupla de zaga, o melhor lateral-esquerdo do campeonato, dois ótimos volantes (por mais que Marcelo Mattos venha bobeando) e dois meias diferenciados (que podem e devem chamar mais a responsabilidade). E dois jovens atacantes promissores no banco (Caio e Alex). Precisamos que Lucas e Herrera voltem a jogar bem.

E, para completar, temos Loco Abreu. Com seu futebol e gols, já compensa suas limitações. Mas, o principal, é a mentalidade e a personalidade que tem. Loco Abreu inspira confiança, poder, pensamento positivo, vitória, conquista. Um contraste fundamental com o tradicional pessimismo botafoguense. Portanto, inspire-se no ídolo e deixe a desconfiança de lado. Como diz a nova campanha do clube "Tem que ter Paixão", até mesmo para acreditar quando os outros não acreditam mais ou quando o gol da vitória bate no travessão e sai. Não custa acreditar e empurrar até o fim, bater no peito e dizer: "Estou com o Botafogo e não abro!". Quem sabe, a frustração de hoje não vira alegria em dezembro...

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